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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cérebros dentro de máquinas

cerebros

Máquinas foram criadas para ajudar pessoas. Por isso, desde o começo da computação, cientistas vem sonhando em algum dia poderem colocar uma mente inteira dentro de um computador. Ora, isso pode parecer muito ficção científica mas não é. Transferir pensamentos, personalidades e memórias para dentro de um sistema e convertê-la em dados pode se tornar possível nas próximas décadas, pelo menos é o que garante o futurologista e cientista americano Ray Kurzweil. Ele acredita que até 2040, será possível fazer upload dos dados do próprio cérebro.

Afinal, isso não pode ser muito difícil, não é? Qualquer micro-processador não é muito diferente de um cérebro humano. Ok, nem todos conseguem fazer os mesmos cálculos que uma máquina pode, mas todas as mentes têm essas capacidades. O cérebro humano nada mais é do que um imensa rede neural que trabalha com impulsos elétricos movidos a processos químicos. Quando as primeiras máquinas – ou máquinas de computar – foram criadas séculos atrás, seus criadores visavam a agilidade de cálculos e não uma substituta para a mente humana. Assim sendo, a única que nos difere dos computadores e outras máquinas é que trabalhamos na velocidade de processos químicos complexos, enquanto nossos amigos de transistors trabalham na velocidade da luz. Isso nos faz pensar quanto nossas mentes poderiam alcançar se não estivessem presas às limitações dos processos fisiológicos, não é mesmo?

Além do que, a questão da preservação de mentes em computadores esbarra em outro tema intríseco da natureza humana: a imortalidade. Imortalidade de podermos viver e pensar eternamente dentro de circuitos integrados e chips de memória. Pode ser uma eternidade estranha para muitos, mas é uma das opções mais viáveis. E tem ainda mais: e se além de poder transferir nossas mentes para memórias digitais, pudessemos transferí-la de volta para outros corpos? Ok, ok, nesse ponto a ficção científica toma o lugar da ciência. Mas não custa sonhar, não?

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Infelizmente, tudo isso pode parecer um pouco distante por enquanto. A mente humana continua sendo uma caixinha de surpresas e os computadores atuais ainda estão muito longe de poderem comportar todo o aspecto de um cérebro e de uma mente com as suas respectivas particularidades. Mas a tecnologia continua avançando e o estudo de redes neurais complexas também. Só espero que os estudos futuros que não acabem produzindo nenhuma mente cibernética destruidora ao estilo SkyNet ou um sistema psicótico ao estilo HAL ou GLaDOS. Ainda não sabemos como um cérebro humano funcionaria com a potência de vários núcleos de processadores e vários lotes de memória.

Mas, como Nietzsche dizia: “O homem é algo a ser superado”, ou como eu particulamente prefiro, pra não parecer machista: “O ser humano é algo a ser superado”.

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